22/01/2009

Noite

Noite! Somente tu poderá ouvir-me suspirar
Pela minha descrença,pelo meu abandono.
Num grito estrondo,peço-lhe socorro.
Tuas estrelas reluzentes,desejo-as tocar.

Noite! Somente contigo posso-lhe confiar
Minhas mágoas,meus temores,meu passado.
Fazem sete dias desde que fui abandonado.
Hoje sozinho,só me resta lamentar.

Amor! Teu falso idealismo me atingiu.
Impiedosamente,a tua dor sublime me feriu.
Matou meu coração e matou-me o ego.

Morte! Se hoje lhe encontrar,não corro.
Pois na vida,não encontro gozo.
Deixa-te-me apodrecendo em meu particular inferno.