22/01/2009

Soneto

Ameaças de morte,não temo.
Temo sim,ameaças de manter-me vivo.
Com monstros do passado,convivo.
Concretize tua ameaça,mate meu idealismo.

Sonhos que não sonhei,amores que não amei.
Sentimentos esdrúxulos,enganei-me.
Sonhei ser poeta,chorei e isolei-me.
E penso nas lágrimas que outrora derramei.

Observo o calendário e devaneio a descobrir.
Ansioso,o dia em que irei partir.
Explorarei o desconhecido e caminharei sobre flores.

Lembrarei dos lugares em que não estive.
Dos momentos felizes que não tive.
Lembrarei-me sobretudo dos amores.