28/01/2009

Soneto Da Tenra Infância

Em meus pensamentos,entre portas trancadas.
Recordo tempos difíceis de uma infância adulterada.
Na fissura agonizante de um passado vergonhoso.
Escondo-lhe os segredos,meu fúnebre ouro vistoso.

O perturbo em minha mente e o vazio na minha alma.
Camuflados pela minha aparência supostamente calma.
O sepulcro da infância,da criança que eu era.
Enterrado,a verdade jamais fluirá à atmosfera.

Em quem confiarei? A quem contarei meus pesadelos?
Não haverá colo a embalar-me quando estiver com medo!
É dificil pra mim revelar um passado que já veio a falecer.

Pois temo que me olhe com outros olhos.
E jamais volte a abraçar-me os ossos.
Perdõe o meu Eu,a quem impiedosamente matei!